sábado, 22 de dezembro de 2007

Créditos e Débitos na minha C/C

Neste ano eu fui desempregada, recém formada, secretária, desempregada de novo, secretária de novo, auxiliar administrativa.
Neste ano eu fui solteira, fui namorada, fui irmã, fui a filha única da casa, fui solitária e fui companheira.
Neste ano eu soube o que é cansaço, tédio, alívio.
Neste ano fui baladeira, fui cinéfila, fui freqüentadora de museus novamente.
Neste ano consegui o que eu queria, descobri o que era bom e vi a verdade.
Neste ano fui amiga, fui ausente, fui insistente.
Na verdade sou a mesma pessoa, apenas uma versão revista e remixada de mim mesma.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O Passado nº II

Gostei tanto do meu comentário no blog da Bruna que achei pertinente (ou não?) publicá-lo aqui:

"Bruna!
eu tb teimo em manter relações com o meu passado. Assumo q gostaria de ser mais "livre" (repare nas aspas) e não reviver várias imagens q estão gravadas na minha memória. Queria ter uma Lixeira igual ao do meu computador, e excluir permanentemente certos episódios, pessoas, lugares e vozes. Mas aí não seria mais eu, né? São as memórias q sustentam toda a nossa personalidade...

Um beijo!"

Eu.

Eu queria ter a boca da Debbie Harry

Queria ter a boca da Debbie Harry. A doçura do Iggy Pop. A masculinidade do Nick Cave. A retórica do Marlon Brando. A loucura do David Lynch. O bom senso do Lucas Mendes. A capacidade de fazer aforismos do Oscar Wilde. A voz do Michael Douglas. A elegância do Robert Capa.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Broche

"(...) Era uma caixa de charutos em que minha amiga guardava as receitas que recortava dos jornais e outras bobagens, bem como o broche de camafeu que seu pai lhe dera muito tempo antes. Além do valor sentimental, a imaginação dela conferira àquele objeto uma rara preciosidade; sempre que tínhamos algum motivo de grave queixa contra suas irmãs ou tio B., ela me dizia: 'Deixe estar, Buddy. Vamos vender meu camafeu e ir embora. Vamos tomar o ônibus para Nova Orleans.'. Embora nunca discutíssemos o que iríamos fazer em Nova Orleans, nem como nos sustentaríamos depois que acabasse o dinheiro do camafeu, nós dois cultivávamos essa fantasia. Talvez os dois soubéssemos em segredo que o broche era apenas uma bijouteria vendida pela Sears Roebuck; ainda assim, para nós ele funcionava como à prova: um amuleto que nos prometia a liberdade, caso de fato decidíssemos tentar a sorte em paragens fabulosas. De maneira que minha amiga jamais usava o broche, pois se tratava de um tesouro precioso demais para que ela corresse o risco de perdê-lo ou danificá-lo."

Truman Capote, em "O Convidado do Dia de Ação de Graças"


Você tem o seu broche?

Preguiça

Se este blog está vazio, monótono e com teias de aranha e não é minha culpa. Culpe o frio. Put the blame on cold weather. Explico: o meu escritório é muito frio, o piso parece que está sempre a -5ºC e o vento que bate aqui gela a alma. E eu, como boa taurina, adoro ficar no meu cantinho do sofá, morrendo de preguiça, mudando de canal sem parar.
Hoje tomei coragem; coloquei um cobertor nas pernas e me sentei na frente do meu PC. Para escrever absolutamente nada.
Sem idéias.
Quando estou no ônibus, tenho idéias brilhantes. Até durante o trabalho tenho insights! Mas quando começo a digitar nessa tela em branco do meu blog, acho as minhas palavras um tanto bregas e cafoninhas, piegas ou pessoais demais. Sempre penso "e se AQUELA pessoa ler isso?".
Prometo textos melhores. Juro.
(o engraçado é que eu tenho a ilusão de que alguém lê esta merda)

Melhores frases de filmes

"What have I got? Really? Some money in my pocket, some nice threads, fancy car at my disposal, and I'm single. Yeah... unattached, free as a bird... I don't depend on nobody and nobody depends on me... My life's my own. But I don't have peace of mind. And if you don't have that, you've got nothing. So... what's the answer? That's what I keep asking myself. What's it all about? You know what I mean? - Alfie

Anna: Why are you dressed?
Larry: Because I think you may be about to leave me and I didn't want to be wearing a dressing gown. - Closer


Erin Brockovich: I don't need pity, I need a paycheck. And I've looked. But when you've spent the past six years raising babies its real hard to find somebody who pays worth a damn, are ya getting every word of this down honey or am I talking too fast? - Erin Brockovich

Christopher "Chris" Wilton: The man who said "I'd rather be lucky than good" saw deeply into life. People are afraid to face how great a part of life is dependent on luck. It's scary to think so much is out of one's control. There are moments in a match when the ball hits the top of the net, and for a split second, it can either go forward or fall back. With a little luck, it goes forward, and you win. Or maybe it doesn't, and you lose. - Match Point

Ethel: I had to park the car three blocks away. Then it started to rain so I ran the last two blocks. Then my heel got caught in a subway grating. When I pulled my foot out, I stepped in a puddle. Then a cab went by and splashed my stockings. If the hardware store downstairs was open, I was going to buy a knife and kill myself. - Descalços no Parque

Diana: The dress is for sale. I'm not. - Proposta Indecente

Connie Sumner: Be happy for this moment, this moment is you life. - Infidelidade

Paul: Well, first you have to take a hot bath and if you don't you're gonna get pneumonia. Right?... and then you know what happens? You get pneumonia... and then you know what happens? You die! And then, you know what happens then when you die? I get to fuck the dead rat! - Último Tango em Paris

Don Corleone: We've known each other for many years but this is the first time you've ever come to me for counsel or for help. I can't remember the last time you invited me to your house for a cup of coffee, even though my wife is Godmother to your only child. But, let's be frank here. You never wanted my friendship and you were afraid to be in my debt. - O Poderoso Chefão

Charlotte: I just don't know what I'm supposed to be.
Bob: You'll figure that out. The more you know who you are, and what you want, the less you let things upset you. - Encontros e Desencontros

Henry Chinaski: I decided to clean up the apartment. I thought I must be turning into a fag. - Factotum

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Yasmin Brunet


Esaa é a imagem da semana. Acho que nem da semana é; é da nossa geração. Isso mesmo. Um peito com o bico para a direita e outro para a esquerda. Uma mulher magérrima, de manequim 34 que quer usar um sutiã 48. A completa devastação do corpo feminino.
Será que ela se arrepende quando se vê no espelho? Ela não acha ridículo ter um peito de olho no peixe e outro no gato (expressão da minha mãe hehehe)? Será que ela não acha péssimo não ter UMA camisa que fique bem? Sim, porque desde que eu comecei a tomar Yasmin (pílula anticoncepcional, não a modelo), pulei para dois tamanhos de sutiã, e vejo minhas camisas com aquele buraquinho insuportável entre um botão e outro. Ou a camisa fica larga ou parece que seus peitos vão arrebemtar o botão da camisa.
Sério, gente. Fiquei tão chocada com a foto do Terry Richardson que nem sei como terminar este post.

:-/

domingo, 4 de novembro de 2007

Vous

"No Brasil, 'senhor' não é um tratamento que indica respeito ou falta de intimidade, mas sim uma forma de diferenciação de classe social. Na França, um ministro chama outro ministro e também o seu motorista de vous. No Brasil, outro ministro é 'senhor' e o motorista é 'você'. Então, no meu sofá, todos teriam de ser 'senhor' ou todos teriam de ser 'você'." Jô Soares, nas Páginas Amarelas da Revista Veja de 02/11/2007

Retiro tudo o que disse sobre o Jô Soares. Ele é meu novo herói. Colocarei seu nome nas minhas "paixões" do orkut. Ele me ganhou com essa frase.
Sempre achei que ninguém deveria ser chamado de "senhor", pois para mim:
1) envelheceria a pessoa;
2) o "Senhor" está no céu;
3) é arrogante.

Pois então. Sempre fiquei firme e forte na minha teoria. Até que um dia, no meu primeiro dia de trabalho do meu ex-emprego, fui aconselhada pelo meu ex-chefe de chamar os demais sócios da empresa de "senhor", nunca de "você". Rá. Pesnsei "Pô, cada um dos caras deve ter 82 anos no mínimo, né". Mas não. Era um bando de gente jovem, rica e "poderosa". Ui. Olha, vou te falar. Engasgava toda hora que dizia "o senhor já verificou essas planilhas?". Até que aos poucos chamava até o pai do meu chefe de "você". Me sentia falsa e completamente criança com " o senhor prá lá" ou "o senhor prá cá".
Para mim, cada filho da puta, é "você". Sem ofensas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Karl Lagerfeld


Karl Lagerfeld , ao apresentar sua nova coleção da Chanel em Paris neste ano disse:
"Não se pode ir contra sua época". Genial, Karl. Também detesto pessoas essencialmente saudosistas, nostálgicas e cafonas. Muito brega esse negócio de só gostar de roupas/propagandas/músicas/filmes de uma determinada época passada.
Opa, mas é lógico que eu amo filmes da Audrey Hepburn, Billy Wilder, Allen dos anos 1970, Marilyn Monroe e tudo mais. Acho que esses filmes me enriqueceram cinematograficamente. Mas também tenho que estar de olho nos lançamentos, nos novos diretores, nas novas interpretações. Pois será de exatamente isso que falei com os meus filhos: sobre como era bom dançar Franz Ferdinand, Kaiser Chiefse e Amy Winehouse. Que eu comprei "Supernatural" do Goldfrapp na semana de lançamento. Que eu vi os Strokes tocando ao vivo. Que usei a moda Navy no verão de 2007. Tive bolsas da Kimpling. Que quando tocou "Hung UP" da Madonna em novembro de 2005 na Lôca, todo mundo simplesmente pirou.
Siga o conselho do nosso amigo Karl. Viva o agora. Aproveite o que o mundo tenha de mais novo. Não se engane achando que as melhores músicas foram feitas e os melhores filmes já foram filmados. Goste de Smiths, mas escute também o novo álbum do Morrissey.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O porquê do meu choro no final de "Piaf"

Já no leito de morte, Piaf resmunga algumas palavras sem sentido, com os olhos parados. Ela fala sobre um "fantasminha" que a vê deitada, entre outras alucinações. A cena seguinte mostra que o "fantasminha" é na verdade o filho dela que morreu com dois anos de idade de meningite fulminante, em 1934.
Minha avó que morreu em 2001, também teve esses momentos antes de morrer. Repetia para a minha mãe que o caçula dela (meu tio) estava montado em suas costas, e era um peso terrível de se carregar. Imagino que ela via ou sentia ele ainda criança, sendo carregado por ela.
Será que todos nós teremos esses momentos antes de partir? Todos os nossos traumas e más lembranças irão nos rondar enquanto daremos os nossos últimos suspiros?
Bem, a morte da minha avó nunca foi algo bem resolvido na minha vida. Ainda lembro do dia que entrei no meu quarto (onde ela dormmia quando ficou doente) e a vi rezando na minha cama, com as mãos bem juntinhas. Imagino que ela rezava para ser curada, para sobreviver, para não morrer por causa de um dedo do pé. Ao ver que poderia estar interrompendo a prece, me calei e fiquei parada, aproveitando que ela não tinha me visto. Quando ela terminou de rezar, eu disse: "Vó, vamos tomar café?".
O final desta história todo mundo sabe, e hoje tento pensar na frase da Santa Tereza D’Ávila que dizia que "Mais lágrimas foram derramadas pelas preces atendidas do que pelas não atendidas" quando me lembro da minha avó. Ela poderia ter sofrido mais se continuasse viva. Será que ela teria sido feliz se tivesse suas pernas amputadas?
Foi desta maneira que aconteceu. E espero que ela esteja bem, onde quer que ela descanse.
Um beijo, Vó.

sábado, 27 de outubro de 2007

O que é "Na Real, Na Favela"

Para vocês que não entenderam nada dos personagens miseráveis de "Na Real, Na Favela", aqui está a explicação.
Numa tarde de absoluto tédio de 1996, eu e minha amiga Amanda escrevemos uma paródia do programa Na Real da MTV. Era sempre Na Real em Boston, Na Real em Londres, Na Real em Chicago, etc. Na nossa paródia, só teriam personagens bregas e pobres.
Um dia, achei esse papel aqui em casa, e achei um tanto genial... Bem, Amanda, nós fomos geniais. Um dia.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Na Real, Na Favela (Parte II)

João Augusto
(carecão)
Faz jin-jitsu numa academia em S. Paulo, mas nasceu no Rio de Janeiro, gosta de George Michael, come caqui todos os dias, gosta de mulheres com peitos generosos, é meigo e gentil. Tem medo de altura. É muito pobre. Gosta da Lucille.

Conífero
(cabecinha)
Adora dormir, é do signo de sagitário, come pouco, trabalha num porto de Santos descarregando caixas. Ele é gay, mas nunca teve nenhum namorado. Gosta de Caetano Veloso.

Damorkino
(inocado)
Namorado da Renya, adora Heavy Metal, roupas estilo maloqueiro roqueiro, muito irritado, não quer assumir o filho. Sente-se o melhor de todos. Trabalha de motoboy numa loja de esfihas.

Daniel Marcelo
("emaconhado")
Lutador de capoeira, odeia mauricinhos. Sempre briga com o 1º cara que olhar para a sua mina. Fuma baseado para relaxar. Morre de medo de barata. Faz um bico como carregador de caixa no supermercado PREÇO-BOM, na Zona Leste.

Richard
(boca torta)
Mauricinho, metido (feio, mas não acha que seja), faz faculdade de psicologia, faz aula de cavaquinho e adora música de 5ª categoria (pagode e axé), vai para o forró todo sábado. É estagiário em uma clínica de recuperação psiquiátrica (isso é o que ele diz; alguns acham que ele está internado lá).

Joaquina Adriana
(Gal Costa)
Trabalha de secretária em uma imobiliária de barracos. Usa maquiagem super carregada em plena manhã. Gosta de roupas transparentes e usa bota em pleno verão. Gosta muito de pão com macarrão e chocolate derretido. Ama o Daniel Marcelo, especialmente porque ele usa mini blusa. Curte pagodão na casa da Maria Xispita. É extremamente vesga.

Josué Andernison
(o zezé de camargo)
Usa calça de couro (sintético) agarrado e blusa baby look. É estilo cawboy sertanejo. Curte música sertaneja e morre de amores pela Ivete Sangalo. É sedentário e não pratica esportes.
Trabalha limpando fezes de cavalo num zoológico.

Fábio Fabuloso
(the dreamer guy)
Mora em São Miguel, trabalha em um serviço de tele marketing do credicard. Só usa terno e gravata. Namorava a Charllote. Tem um sonho de se mudar para os EUA. Tem pavor de ficar sozinho.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Na real, na favela

Lucille
(a esfiha)
Faz musculação todo dias, estuda jornalismo, operou os joelhos duas vezes e tem namorada.

Roberta
(a popoazuda)
Adora dança de salão, é separada, come muita carne vermelha e é estéril.

Renya
(a noiva de chuck)
Adora Green Day, marava em Tocantins, está grávida do marido de 57 anos, gosta de fazer projetos a longo prazo, e tem uma loja de ferramentas para banheiras na Rua Colômbia.

Charllote
(a perna de pernil)
Romântica, adora B52´s, gosta de sorvete, dorme cedo, escova os dentes 5 vezes por dia.

Valeska
(a finosa)
É muito patricinha, rica, gosta de Elvis, tem dois namorados, tem um diário e sempre vai às baladas.

Karen
(te)
É muito burra, trabalha numa agência de modelos de 5ª categoria, toma LSD, vai em muitas festas, vai na ouro Fino, come salada para manter a forma, é a maior biscate da região Norte. Adora o Conífero.

sábado, 20 de outubro de 2007

O Elenco é um Horror Recomenda

Depois da seção "Veja Recomenda" da revista Veja, acabei de criar o O Elenco é um Horror Recomenda. Dicas da semana, entende.

1) Feira da Av. Higienópolis
Bem, estava procrastinando esse programa há uns, er, 18 meses. O programa consiste em:
- Acordar cedo (meu cedo: 8:50 da manhã), tomar aquele café da manhã (um ovomaltine quente, tá pensando o quê?), tomar banho, ligar a TV enquanto se arruma. Coloque seus óculos escuros (é muito cedo, lembra-se?), ligue seu Discman e vá a pé para a feira. No meu caso, a feira mais próxima é relativamente longinha, mas é essa a intenção mesmo, pois feira perto não tem graça.
Chegando lá, compre frutas, algum peixe, flores (ah, a graça é chegar com flores de manhã cedo na sua casa!) e hortaliças. E não compre batatas, lógico, esqueceu que você sozinha vai carregar tudo?
Depois vá trabalhar.

2) Buaty de quinta-feira
(essa é para as solteiras)
-Não existe sensação melhor no mundo do que chegar em casa às 7:35 da manhã numa sexta-feira com o sol quente (como diz a minha mãe). Você, com o rímel borrado, cheirando a cigarro, pés pretos de tanto dançar e suada, vendo todos indo trabalhar.
É lógico, isso também faz você se sentir a pessoa mais fútil do planeta Terra, mas é só uma vez na vida. Ok, foram umas cinco :)

3) Pão-de-queijo do CineSesc
É um dos melhores e mais baratos de toda a costa oeste do Alabama, e você pode fazer isso à qualquer hora.

4) "Do you like my tight sweater?" Moloko
Um dos CDs mais alegres, mais "gostosinhos" do Trip Hop. O Elenco é um Horror recomenda para: festas, reuniões com amigos, na produção de sexta-feira, em noites quentes (esse é um álbum noturno, jamais escute-o de dia).

5) Yakissoba e chá verde do Nanako
Um dos restaurantes japoneses mais charmosos de todo o Condado da Carolina do Norte, fica na R. do Comércio em São Paulo. O chá verde, extremamente insosso e cheiroso, é de graça. O Yakissoba (levinho, delicioso) é uns 14 mangos. Peça a banana caramelada para o garçon e ele dirá que é exclusividade do buffet, mas ele abrirá uma exceção e dará duas para você. Aceita cartões e ticket.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

"Atualizações diárias" my ass!

Ok, ok. Já estou decepcionando a galera. Meu blog criou teias de aranha, e o que é pior; quase esqueci a minha senha. Depois de esquecer a senha do meu Visa Vale que era ridiculamente fácil (3929), a senha de acesso de internet da minha conta no banco, QUASE esqueci a senha do meu blog. Ufa!
Mas é sério. Algo mudou em mim. A minha memória falha, tenho dificuldade em olhar nos olhos das pessoas, meus pesadelos me atormentam. O que pensei que tinha superado na minha vida, não estava tão esquecido assim. Ainda existem flashes na minha cabeça de tudo o que aconteceu, e sempre dói um pouquinho ao lembrar.
(...)
Ok. Mudando de assunto.

"O Homem de 30 anos"

Esse era para ser um outro post, but i´ve changed my mind.
Minha mãe (e minha avó, decerto), sempre diziam (no caso da minha mãe, ainda diz) que se o homem passou dos 30 e está solteiro, bem, existe algo de muito errado nele.
Mesmo antes de pensar em homens, já gastava meu tempo pensando nessa teoria. Elas estariam certas? O homem que não arranjou nenhuminha mulher para casar e está solteiro com trinta anos é:
A) xarope da cabeça;
B) viado;
C) galinhão;
D) é tão insuportável que nenhuma mulher agüenta;
E) todas as anteriores.
Bem, segundo elas, seria basicamente isso.
Mas o tempo passou, e resolvi comprovar a teoria. Descobri que tem muito homem casado que é A, B e/ou (adoro e/ou) C. Ok. Mas e o bendito homem de 30 anos solteirão? Existe algo de muito errado nele?
Bem, amigos. O que eu comprovei é que tem sim.
Mas existem algumas exceções nessa regra:
1) se esse cara já foi casado;
2) se ele já namorou muito tempo uma mesma garota;
3) bem, não existe o "3".

OBS: hey, Alfies: podem postar à vontade na seção "Comentários" me detonando. I don´t care. I AM fucking right about it.

sábado, 6 de outubro de 2007

In the future when all´s well

Quando estava sozinha, desempregada, fora da faculdade, sem dinheiro e sem esperanças de conseguir um emprego, eu escutava "Ringleader of the Tormentors", do Morrissey em casa. Nas tardes em que ficava sozinha, era quente (verão), eu curtia as coisinhas boas que a casa oferecia.
A faixa "In the future when all´s well" era praticamente um mantra para mim. Num futuro próximo estaria tudo bem. Tudo iria se acertar.
E de fato se acertou. Eu consegui um emprego (com vários problemas, mas era um EMPREGO), um namorado (meu amor de sempre) e dinheiro.
Mas aí o emprego que eu consegui não era bem o que parecia ser, e vários problemas surgiram nessa fase. Várias lágrimas derramadas quando chegava em casa, muitas humilhações, situações insuportáveis e inemagináveis que jamais achei que poderia passar.
Mas ok, né, Morrissey? In the future when all´s well. Num futuro eu conseguiria outro emprego, não passaria mais por nada daquilo, estaria ganhando bem de novo...
Até que esse dia chegou. "Ah, o futuro realmente chegou", pensei. Mas aí veio o casamento da minha irmã, um stress danado, que me fez brotar perebas no meu corpo inteiro, dívidas, gastos, angústia emocional por minha irmã sair de casa.
Uhum. Vai passar.
E passou.
Hoje eu trabalho onde eu quero. Namoro quem eu amo. Acertei minhas coisas. Mas eu cometi um erro. Subestimei a falta da minha irmã em casa. E outros problemas surgiram que ainda fazem as perebas crescerem no meu corpo. A minha casa mudou. A minha vida mudou. E hoje eu duvido muito da música do Morrissey.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O melhor bote do cinema

Bote sm. 1. Golpe com arma branca. 2. Ataque, investida. 3. Bras. Salto do animal sobre a presa.

1. Os Infiltrados, do Scorsese: a cena que Leonardo DiCaprio agarra Vera Farmiga, esposa do Matt Damon.
2. Annie Hall, do Woody Allen: o diretíssimo (sagitariano) Woody Allen beija a Diane Keaton no meio da rua antes de ir ao restaurante, alegando que aconteceria de qualquer forma e sendo prático assim ele pouparia o constragimento no final da noite.
3. Cidade dos Sonhos, David Lynch: Ok, o beijo é lésbico, e vale mesmo assim. A desculpa de dar beijo de boa noite é otima, e vale entrar na listinha.
4. Cold Moutain, do Anthony Minghella: o bote foi tão bom que a Nicole Kidman ficou o filme inteiro pensando no Jude Law, que estava lutando na Guerra Civil norte-americana.
5. A Insustentável Leveza do Ser, do Philip Kaufman: a Juliette Bionoche simplesmente pula no Daniel Day-Lewis e lhe tasca um beijo. E se muda para a casa dele, óbvio.
6. Frankie and Johnny, de Garry Marshall: é um dos botes mais difíceis da história do cinema. A Michelle Pfeiffer faz um doce danado nos 35 primeiros minutos do filme. Mas o bote vale a pena: numa feira de flores em NY. uh!
7. Miami Vice, do Michael Mann: o bote quase mútuo do Colin Farrel com a japa é de arrepiar. hehehe
(to be continued...)

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Uhuuuul!
Seguindo os conselhos da minha amiga Bruna Hepburn, cliquei no canto direito superior do blog dela onde estava escrito "Crie o seu Blog".
Pu puf! Está aqui.
Agora não vou ter que ficar atualizando meu orkut, com pensamentos, quotations, dicas, etc e tal. Vai estar tudo aqui, a partir de agora.
Não tenho a mínima experiência com blogs, esse é o meu primeiro. Mas de uma coisa eu faço questão: atualizações diárias. Detesto blogs com teias de aranha. Vou colocar um post todo dia aqui sim.
O nome do meu blog vem de um aforismo do Oscar Wilde, "O mundo pode ser um palco, mas o elenco é um horror". Bota horror nisso. Hunf. ¬¬