segunda-feira, 18 de agosto de 2008

I´m the luckiest by far


Desde que me conheço por gente, sou fanática pela Madonna. Tão fanática que meus pais pensavam que eu era lésbica no início da minha adolescência. Sempre comprei todos os CDs da Madonna sem nem conhecer nenhuma música, comprei todas as revistas internacionais em que ela era capa e já criei dívidas vergonhosas por causa de singles, etc etc,,,,

Demorou um tanto para os meus pais entederem que a Madonna não era apenas uma fase para mim (nem para o resto da humanindade). Tipo, uns só quando eu fiz uns 20 anos mais ou menos. Eles pararam de discutir comigo. Até respeitam a Madonna hoje em dia (!).

Eu assisti ao filme Na Cama com Madonna mais vezes que posso imaginar, principalmente entre 1995-97. Eu tinha uma cópia do filme em VHS e as performances da Blond Ambition Tour no documentário são realmente lindas! A Madonna será para sempre lembrada com o corpete dos cones do Gaultier e eu realmente acredito que os peitos dela mudaram os anos 90, o feminismo, a música e a cultura pop. Eu revi este filme em 2006 na TV a cabo e me surpreendi em como as falas do filme e o comportamento dela me influenciaram na vida adulta! Eu peguei várias manias e trejeitos dela sem saber...

Mas esta relação com ela jamais foi completa porque eu nunca fui nos show dela. Quando a Girlie Show passou por SP, eu tinha 9 anos, e imagine o que é ter 9 anos e gostar da Madonna na fase Sex Book/Erotica/S&M. Também "quase pude" ir com um amigo ao Reino Unido vê-la na Confessions Tour, mas eu era estagiária, não tinha férias nem grana. E a Re-Invention Tour que não passou por aqui? E a Drowned World Tour que ficou só no sonho?


Mas ela está com data marcada para cantar, dublar, dançar, fazer piruetas, falar "bunda suja" e tudo mais aqui em São Paulo!

Não quero ter um blog

Por quê eu escrevo? eu adoraria escrever sobre o que eu penso, sobre o que eu vejo na rua, meus sonhos, desesperos, vontades e vergonhas. Mas sempre quando um texto está na ponta da língua, sou acometida por uma auto-censura imediata. Mas e se alguém ler isso? E se justamente aquela pessoa ler isso?
A minha vontade era escrever as coisas num bloquinho e jogar o papel fora imediatamente. Aí eu tenho preguiça, e nem escrevo nada. Penso, penso e penso. "No que você está pensando, Cláudia?" "-Nada", respondo. Estava escrevendo no meu blog imaginário.

No meu blog imaginário escrevo do que gosto. Escrevo sobre as 5 músicas que mudaram a minha vida. Sobre aquela noite de quase verão em que eu senti a felicidade em todos os meus poros. Aquela noite que andei de madrugada pela Angélica. Aquele dia em que pedi demissão e fui muito feliz. Aqueles dois dias em que me demitiram e eu fui miserável. Preciso escrever sobre isso tudo. Ou sobre aquele sábado mais horroroso da minha vida, onde eu não conseguia nem respirar direito, e que eu não importaria nem um pouquinho se fosse atropelada por um carro.

Mas falta the guts e a total ausência da auto-censura. A Fernanda Young tem razão. a mulher precisa de coragem para escrever, e eu não sou corajosa.